Evadido de Vale de Judeus. Fábio "Cigano" detido em Marrocos

por RTP
Fábio "Cigano", um dos cinco reclusos que se evadiram a 7 de setembro de Vale de Judeus DR

Fábio Loureiro, conhecido como Fábio "Cigano", um dos cinco reclusos que fugiram do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, foi detido na noite de domingo, em Tânger, pelas autoridades marroquinas. A ministra da Justiça agradeceu "a todas as equipas envolvidas".

Foi no âmbito de uma operação policial internacional que Fábio Loureiro acabou detido. De acordo com um comunicado da Polícia Judiciária, “com base em informação credível da PJ, de que Fábio Loureiro estaria em Marrocos”, foi montada a Operação Retorno “em menos de 24 horas”.

Para além das autoridades marroquinas, através da Direção Geral de Vigilância Territorial Nacional (DGST), a Polícia Judiciária “contou com o forte apoio da Cuerpo Nacional de Policia (CNP) espanhol”.Fábio "Cigano" vai ser presente às autoridades judiciais marroquinas “tendo em vista a sua extradição para Portugal para efeitos de cumprimento de pena”.

Conhecido como Fábio “Cigano”, na altura da fuga de Vale de Judeus, o recluso estava condenado a 25 anos de prisão, a pena máxima em Portugal, pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão.
Após a fuga, foram emitidos mandados de detenção internacional para apanhar os cinco reclusos que escaparam, há precisamente um mês, do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, quase todos com antecedentes criminais violentos.

A Polícia Judiciária afirma que, desde o dia da fuga, a 7 de setembro, “desenvolveu um trabalho ininterrupto de investigação e de recolha de informação” em estreita colaboração com as autoridades espanholas.
A RTP apurou, junto de fonte ligada ao processo, que a Polícia Judiciária obteve a localização de Fábio Loureiro através da família.
O agradecimento ministerial
"Muito obrigada a todas as equipas envolvidas", lê-se em comunicado entretanto difundido pelo gabinete da ministra da Justiça.

Rita Júdice, em declaração escrita à agência Lusa, sublinha o agradecimento “aos profissionais da PJ que, desde o dia 7 de setembro, desenvolveram um trabalho ininterrupto de investigação e recolha de informação”.

A ministra partilha também "uma palavra de reconhecimento também às autoridades espanholas e marroquinas que colaboraram neste desfecho”, um mês depois da fuga do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.
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